quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Como causar uma boa impressão na entrevista de emprego

Banque o detetive

Os especialistas são unânimes: dados financeiros, histórico da empresa, posição no mercado e número de funcionários são informações que se devem ter na ponta da língua na véspera de uma entrevista, independente do cargo, do nível e da área de atuação. Vale captar informações no site da empresa, na imprensa e nas redes sociais. Além de se sair bem ao ser questionado sobre a companhia, o candidato bem preparado não formula perguntas ingênuas, que revelam falta de conhecimento e interesse na empresa

 Faça as perguntas certas

Não priorize as questões sobre salário, benefícios e descontos para funcionários na compra de produtos da empresa. São as perguntas sobre o histórico da vaga e as expectativas da companhia que contam pontos a favor: Qual é a expectativa da empresa com relação ao profissional que vai ocupar este cargo nos próximos doze meses?; Quais são as habilidades mais valorizadas pela companhia?; O cargo pleiteado é uma posição nova? Se não, por que o profissional atual está sendo substituído?; Qual é o perfil da equipe que o profissional contratado vai gerenciar?. As perguntas devem ser apresentadas no momento oportuno - em geral, depois que o entrevistador avalia as qualificações do candidato e apresenta as características da vaga - e com o tom certo, sem ansiedade nem arrogância

Fuja dos clichês

"Perfeccionismo é meu maior defeito", "Estou em busca de novos desafios" e outras frases feitas do gênero desanimam o entrevistador no ato. Perguntas sobre pontos fracos e demissões ainda são tabu no mercado corporativo, mas a transparência pode beneficiar o concorrente. "Não é o momento ideal para emitir opiniões sobre temas polêmicos, como política, religião e futebol, mas as respostas vazias também podem prejudicar o candidato", diz Fernando Mantovani, da Robert Half. Em vez de citar perfeccionismo, mencionar uma característica profissional que possa ser aprimorada pode ser positivo ao demonstrar senso crítico


Mantenha os nervos sob controle

O nervosismo é esperado em situações de stress, mas não pode afetar a imagem que o profissional transmite no processo seletivo. O candidato que se limita a respostas monossilábicas demonstra excesso de timidez ou revela dificuldade para trabalhar sob pressão; enquanto o que fala sem parar estende-se em um assunto e perde a oportunidade de mostrar outras qualidades e conquistas. Seja conciso e claro nas respostas e, no fim da entrevista, evite perguntar sobre seu desempenho e suas chances no processo seletivo. "Controle a ansiedade; agradeça a oportunidade e diga que aguarda um retorno", diz Adriana Thomazinho, do ManpowerGroup Brasil

Use o raciocínio

Para as perguntas inusitadas, como 'quantos bueiros existem em São Paulo?', não existe uma resposta correta. "O objetivo é testar o raciocínio lógico do candidato. Portanto, o chute simples, que não é baseado em nenhuma informação, é a pior resposta possível", diz Renata Wright, da Michael Page. Ou seja, mesmo que o palpite esteja certo, o candidato terá de explicar como chegou àquela resposta. Para responder à pergunta sobre os bueiros na capital paulista, por exemplo, saber qual é a população da cidade (11,5 milhões) pode ajudar o candidato a formar um raciocínio (um bueiro para cada 100 habitantes, por exemplo)

Fontes: empresas de recrutamento e seleção Michael Page, Robert Half, Hays e ManpowerGroup Brasil


Nenhum comentário:

Postar um comentário