sábado, 15 de fevereiro de 2014

Como se defender da rádio peão?

A rádio peão já fez muitos dirigentes organizacionais perderem noites de sono, bem como talentos e até mesmo bons negócios. Isso porque essa "modalidade informal de comunicação" possui uma velocidade muito grande de disseminação entre os colaboradores e, geralmente, quando ganha força prejudica o clima organizacional e, consequentemente, os talentos que precisam estar centrados em suas atividades. Mas, o que fazer para se defender ou fragilizar a rádio peão? Abaixo, listo algumas sugestões para serem aplicadas por qualquer empresa, independente do porte e do segmento de atuação.

1 - A Era da Informação trouxe benefícios significativos à humanidade, inclusive no tocante aos novos canais de comunicação. Contudo, a empresa que deseja estabelecer um canal de confiança com os seus talentos internos, não pode deixar de lado o valor da comunicação face a face. É fundamental lembrar que ao estabelecermos um diálogo direto com alguém, somos capazes de perceber emoções que estabelecem ou comprometem a relação empresa-funcionário como, por exemplo, alegria, tristeza, insatisfação, entre outros. Aquele "olho no olho" nunca perderá seu valor nas relações humanas.


2 -
O estímulo à ética entre os colaboradores é um fator que fragiliza a rádio peão. Por quê? Suponhamos que a organização trabalhe constantemente junto aos colaboradores, o quanto uma "fofoca" pode ser considerada um ato antiético. Afinal, um infundado "zunzunzum" inicialmente pode parecer um comentário "engraçado", mas ao alcançar os ouvidos de várias pessoas, quem sabe, torne-se um motivo de demissão de um colega ou até mesmo em determinados casos, ser considerado assédio moral.


3 - Adequação dos canais de comunicação ao público. É de grande relevância que as empresas invistam nos canais internos, mas é preciso saber se os recursos adotados são, de fato, utilizados e compreendidos pelo público-alvo. Antes de se estabelecer qualquer comunicação é preciso fazer-se ser compreendido, porque não adiante divulgar informações se essas não serão úteis ou tampouco entendidas pelos receptores.


4 - A prática do feedback mais uma vez presente no âmbito organizacional. Como em qualquer processo de gestão, se a política de comunicação interna deseja ser eficaz, precisa oferecer feedbacks constantes aos colaboradores. Isso diminuirá os ruídos da radio peão, uma vez que os profissionais sempre sabem o que a empresa espera deles e as novidades relativas aos fatos que envolvem diretamente a companhia. Lembremos que o feedback, normalmente, é dado pela liderança. Por esse motivo, é fundamental preparar os líderes para que eles compreendam que são representantes diretos da empresa e como tal, precisam ter feeling para identificar quando sua equipe está sendo atingida por "rumores" disseminados pela rádio peão. Uma vez que isso é percebido pela liderança, é o momento de conversar com os liderados.


5 - Certa vez, um líder alemão comentou que "Uma mentira dita cem vezes, torna-se verdade um dia". Por isso, quando os boatos surgirem no campo corporativo, a rapidez em desfazê-los é crucial para neutralizá-los junto aos talentos humanos e com isso evitar que problemas indesejáveis surjam.


6 - Boatos são boatos e cada vez que passam de um "ouvido para outro", geralmente, ganham um "aumentativo". Quem já teve a oportunidade de brincar de "telefone sem fio" entende o que digo. Quando uma fofoca começa a ser disseminada nos corredores de uma empresa, ela se inicia do tamanho de um peixinho e em pouco tempo pode ganhar a formatação de um polvo gigante, cheio de tentáculos e pronto para agarrar o próximo "ouvinte". Por isso, não desmereça a "importância" de um boato, acreditando que logo ele perderá a força e será esquecido.


7 - Há situações em que a alta direção precisa manifestar-se. São aqueles momentos que envolvem boatos mais complicados como, por exemplo, desligamento em massa ou processos de mudança. Dizem que "cada cabeça é um mundo", imagine a interpretação que os colaboradores podem dar a uma informação de que as ações da empresa, em que ele atua, foram compradas pela concorrência. Há situações em que a dirigentes precisam posicionar-se rapidamente, antes que se ocorra uma instabilidade do clima organizacional.


8 - Abertura de canais diretos com o colaborador, para que esses possam apresentar suas opiniões diante dos processos de gestão. Sabemos que a comunicação caracteriza-se por ser um processo de "mão dupla", ou seja, a empresa precisa falar e ouvir os seus talentos. Diante disso, criar canais em que os funcionários possam tirar dúvidas, apresentar questionamentos que estão preocupando as equipes ou mesmo oferecer sugestões para a organização cria um estabelece um relacionamento de confiança, que dificilmente será abalado por algum boato divulgado pela rádio peão ou rádio corredores.


9 - Identificar de onde os boatos partem é uma força de fragilizar a rádio peão. Não falo aqui em encontrar culpados e começar uma caça às bruxas, pelo contrário. Encontrar como os boatos ou os ruídos surgiram permitirá que a organização reavalie seu sistema de comunicação interna e trabalhe os pontos considerados fracos.


10 - Informar sempre. Não se deve esperar que as especulações se formem, mas sim antecipar as informações que os colaboradores precisam receber para terem segurança de que atuam em um ambiente organizacional sério e que atenda às suas expectativas. Comunicação não deve ser lembrada apenas quanto a "panela esquenta", mas ser um processo contínuo.


FONTE: http://www.rh.com.br

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