Como causar uma boa impressão na entrevista de emprego
Banque o detetive
Os especialistas são unânimes: dados financeiros, histórico da empresa,
posição no mercado e número de funcionários são informações que se devem
ter na ponta da língua na véspera de uma entrevista, independente do
cargo, do nível e da área de atuação. Vale captar informações no site da
empresa, na imprensa e nas redes sociais. Além de se sair bem ao ser
questionado sobre a companhia, o candidato bem preparado não formula
perguntas ingênuas, que revelam falta de conhecimento e interesse na
empresa
Faça as perguntas certas
Não priorize as questões sobre salário, benefícios e descontos para
funcionários na compra de produtos da empresa. São as perguntas sobre o
histórico da vaga e as expectativas da companhia que contam pontos a
favor: Qual é a expectativa da empresa com relação ao profissional que
vai ocupar este cargo nos próximos doze meses?; Quais são as habilidades
mais valorizadas pela companhia?; O cargo pleiteado é uma posição nova?
Se não, por que o profissional atual está sendo substituído?; Qual é o
perfil da equipe que o profissional contratado vai gerenciar?. As
perguntas devem ser apresentadas no momento oportuno - em geral, depois
que o entrevistador avalia as qualificações do candidato e apresenta as
características da vaga - e com o tom certo, sem ansiedade nem
arrogância
Fuja dos clichês
"Perfeccionismo é meu maior defeito", "Estou em busca de novos desafios"
e outras frases feitas do gênero desanimam o entrevistador no ato.
Perguntas sobre pontos fracos e demissões ainda são tabu no mercado
corporativo, mas a transparência pode beneficiar o concorrente. "Não é o
momento ideal para emitir opiniões sobre temas polêmicos, como
política, religião e futebol, mas as respostas vazias também podem
prejudicar o candidato", diz Fernando Mantovani, da Robert Half. Em vez
de citar perfeccionismo, mencionar uma característica profissional que
possa ser aprimorada pode ser positivo ao demonstrar senso crítico
Mantenha os nervos sob controle
O nervosismo é esperado em situações de stress, mas não pode afetar a
imagem que o profissional transmite no processo seletivo. O candidato
que se limita a respostas monossilábicas demonstra excesso de timidez ou
revela dificuldade para trabalhar sob pressão; enquanto o que fala sem
parar estende-se em um assunto e perde a oportunidade de mostrar outras
qualidades e conquistas. Seja conciso e claro nas respostas e, no fim da
entrevista, evite perguntar sobre seu desempenho e suas chances no
processo seletivo. "Controle a ansiedade; agradeça a oportunidade e diga
que aguarda um retorno", diz Adriana Thomazinho, do ManpowerGroup
Brasil
Use o raciocínio
Para as perguntas inusitadas, como 'quantos bueiros existem em São
Paulo?', não existe uma resposta correta. "O objetivo é testar o
raciocínio lógico do candidato. Portanto, o chute simples, que não é
baseado em nenhuma informação, é a pior resposta possível", diz Renata
Wright, da Michael Page. Ou seja, mesmo que o palpite esteja certo, o
candidato terá de explicar como chegou àquela resposta. Para responder à
pergunta sobre os bueiros na capital paulista, por exemplo, saber qual é
a população da cidade (11,5 milhões) pode ajudar o candidato a formar
um raciocínio (um bueiro para cada 100 habitantes, por exemplo)
Fontes: empresas de recrutamento e seleção Michael Page, Robert Half, Hays e ManpowerGroup Brasil
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